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Anemia: tipos, causas, sintomas, tratamentos e o que comer

A anemia é um sintoma causado pelo comprometimento da hemoglobina, proteína presente nas hemácias, células sanguíneas responsáveis pelo transporte de oxigênio no organismo. Quando essas células estão abaixo do normal, a pessoa é considerada anêmica.

Essa redução do número de glóbulos vermelhos no sangue pode acontecer devido à carência de um ou mais nutrientes essenciais no organismo, por causa de doenças crônicas, genéticas, autoimunes e outras patologias.

A anemia mais frequente é a anemia ferropriva, causada pela carência de ferro. Estima-se que mais de 90% das anemias sejam causadas por deficiência desse nutriente. Ele é fundamental para a produção das hemoglobinas, auxiliando no transporte de oxigênio.

Além da carência de ferro, a anemia também pode ocorrer devido à baixa ingestão de vitamina B12 e B9.

Essa condição pode se manifestar com maior prevalência em crianças, grávidas, mulheres adultas, adolescentes e lactantes. No entanto, homens (adultos ou adolescentes) e idosos também são afetados.

Os sinais mais comuns da anemia envolvem sensação de cansaço, indisposição, falta de apetite e palidez. Em crianças, um sinal de alerta é a apatia e a dificuldade de aprendizado.

Em alguns tipos de anemia, como a perniciosa, a prevenção não é possível, mas existem formas de tratamento e cura.

Além da carência de ferro, a anemia também pode ocorrer devido à baixa ingestão de vitamina B12 e B9.

Essa condição pode se manifestar com maior prevalência em crianças, grávidas, mulheres adultas, adolescentes e lactantes. No entanto, homens (adultos ou adolescentes) e idosos também são afetados.

Os sinais mais comuns da anemia envolvem sensação de cansaço, indisposição, falta de apetite e palidez. Em crianças, um sinal de alerta é a apatia e a dificuldade de aprendizado.

Em alguns tipos de anemia, como a perniciosa, a prevenção não é possível, mas existem formas de tratamento e cura.

Anemia aguda e crônica

A anemia aguda é uma condição que se instala rapidamente. É frequentemente causada por hemorragias, quando há uma redução grande no volume de sangue do corpo, mesmo quando a queda da hemoglobina (proteína presente nos glóbulos vermelhos) não é alta.

Pode ocorrer em situações em que o paciente sofre um acidente, em sangramentos gastrointestinais e em cirurgias, por exemplo. Essa seria uma forma da anemia adquirida.

Uma queda aguda, que pode variar entre  14g/dL e 10g/dL, já é suficiente para provocar muitos dos principais sintomas da anemia.

Por outro lado, as anemias que se instalam de forma lenta e gradativa (crônica), em que há uma baixa produção de hemoglobina ao longo de semanas ou meses, costumam ser assintomáticas até as fases bem avançadas.

Com o processo lento, as hemoglobinas existentes têm tempo de se adaptar, passando a serem mais efetivas na captação e distribuição do oxigênio pelo corpo (compensando a baixa concentração delas no corpo).

Nesses casos, devido à capacidade de adaptação das hemácias (glóbulos vermelhos), os pacientes com anemia crônica geralmente não apresentam sintomas até níveis de 8g/dL ou 9g/dL de hemoglobina.

A anemia crônica, portanto, pode ser considerada um tipo de anemia hereditária ou adquirida, pois ocorre também por insuficiência nutricional, por deficiência de ferro, na gestação e por deficiência de vitaminas B12 e B9.

Tipos de anemia

A anemia pode ser compreendida através da classificação feita de acordo com o tamanho das hemácias, denominado volume corpuscular médio (VCM). O VCM apresenta três divisões de anemia:

  • Anemia macrocítica: condição em que os glóbulos vermelhos apresentam tamanho maior do que o normal, como no caso do tipo megaloblástico;
  • Anemia microcítica: quando os glóbulos vermelhos possuem dimensões inferiores ao normal;
  • Anemia normocítica: nesse tipo de anemia, as hemácias não apresentam alterações de tamanho, sendo característico dessa condição uma perda repentina de sangue, como em hemorragias, por exemplo.

Mas as anemias também podem ser dividida em alguns tipos conforme a causa:

Anemia Ferropriva (carência de ferro)

A anemia ferropriva é causada pela falta de ferro no organismo, um nutriente fundamental para a realização de várias funções básicas do organismo.

A hemoglobina, principal componente das hemácias, é uma proteína que necessita de ferro para ser formada, sendo responsável também pelo transporte de oxigênio para o corpo. Dessa forma, quando ocorre uma deficiência de ferro, acontece uma falta de matéria-prima, digamos assim, para que essas hemácias sejam produzidas e desempenhem sua função.

Por isso, toda vez que os estoques de ferro do organismo estão muito baixos, a anemia ferropriva ou anemia por carência de ferro se desenvolve.

Muitos fatores podem provocar essa carência, tais como alimentação inadequada, hemorragias, menstruação com fluxo intenso ou má absorção de ferro pelo organismo.

Em gestantes, devido ao aumento da quantidade de ferro necessária durante esse período,  esse tipo de anemia também pode acontecer.

Anemia Falciforme

É uma anemia genética e hereditária, conhecida também por anemia drepanocítica. Acontece por uma alteração do cromossomo 11 (uma estrutura que carrega o DNA). Para que esse tipo de anemia ocorra, são necessários 2 genes defeituosos.

Nesses casos, normalmente, a mãe e o pai são portadores, cada um portando 1 gene defeituoso, mas sem manifestação da doença ou de sintomas. No entanto, ao receber essa herança genética dos pais, o filho recebe a combinação genética (ou seja, 2 genes) para desenvolver a condição.

Quando o paciente apresenta apenas 1 gene defeituoso ele é identificado apenas como portador de traço falciforme.

Nesse tipo da doença, as hemácias do sangue ficam em forma de foice, quando normalmente deveriam apresentar um formato mais arredondado.

Por essa variação de formato, as células sanguíneas possuem maior dificuldade em realizar o transporte de oxigênio na quantidade necessária.

Além disso, essas hemácias falciformes apresentam uma duração inferior às hemácias normais e não sobrevivem por muito tempo. A medula óssea, responsável por produzir essas células, por outro lado, não consegue acompanhar o ritmo.

Por isso, o sistema sanguíneo fica prejudicado. Sem essa reposição, várias complicações podem acontecer, tais como acidentes vasculares cerebrais (AVC), uma vez que as hemácias são responsáveis pelo transporte do oxigênio e sua ausência pode causar a morte dos tecidos.

Existem alguns fatores que podem desencadear uma crise de falcização, tais como estresse, febre e outras infecções. Essa crise é caracterizada pela manifestação de sintomas como fortes dores nos ossos, na região torácica e abdominal.

No entanto, a anemia falciforme pode apresentar ainda uma grande variabilidade clínica, ou seja, se manifestar de forma grave em alguns pacientes — podendo levar a complicações mais sérias e frequentes —  ou representar uma condição clínica leve e até mesmo assintomática.

O diagnóstico acontece logo no nascimento, no teste do pezinho. O tratamento deve ser feito desde então, com o acompanhamento de uma junta médica.

Em alguns casos, pode ser necessário, durante o tratamento, o transplante de medula óssea, para conseguir substituir a medula que não está conseguindo produzir as hemácias saudáveis.

Esse tipo de anemia é mais comum em pessoas descendentes de populações do norte da África e do Mediterrâneo. No Brasil, é muito mais comum na população negra.

Anemia megaloblástica

A anemia megaloblástica acontece quando as hemácias (glóbulos vermelhos) apresentam um tamanho maior do que o normal, pois o citoplasma não se divide corretamente, geralmente pela falta de nutrientes necessários, devido à deficiência de vitamina B12 ou vitamina B9 (ácido fólico)

Além da variação do tamanho, também são menos resistentes e acabam morrendo antes do tempo esperado.

Esse tipo de anemia se instala no organismo do indivíduo devido ao prejuízo que a deficiência dessas vitaminas provoca, pois sem elas o corpo não é capaz de realizar corretamente a síntese de timina.

Assim, os cromossomos não conseguem se duplicar e não há o processo de divisão celular (mitose).

Pessoas nessa condição podem apresentar sintomas como dor de barriga, cansaço, queda de cabelo, feridas na boca, além dos sintomas comuns da anemia, como tontura, fraqueza, ressecamento das mucosas e palidez.

Anemia perniciosa

A anemia perniciosa é um tipo de anemia megaloblástica, que ocorre quando há ausência de fator intrínseco (uma substância produzida pelo estômago que auxilia na digestão dos alimentos e na absorção de B12 no intestino).

Sem a vitamina, os glóbulos vermelhos são produzidos incorretamente, morrendo precocemente, configurando o quadro anêmico.

Fatores autoimunes, uso excessivo de antiácidos, cirurgias bariátricas ou alterações gástricas podem ser responsáveis pela manifestação do tipo pernicioso.

Anemias hemolíticas

Existem diferentes formas de anemia hemolítica, mas ela é caracterizada pela dificuldade da medula óssea em produzir glóbulos vermelhos que, por motivos diferentes, estão sendo destruídos antes do tempo adequado.

Isso pode acontecer devido a determinadas doenças infecciosas, autoimunes, genéticas ou hereditárias, como a esferocitose hereditária (formato anormal dos glóbulos vermelhos) e a deficiência de Glicose 6 Fosfato Desidrogenase ou G6PD (que facilita o rompimento das hemácias), por exemplo.

No caso da anemia hemolítica autoimune, o próprio sistema imunológico do paciente entende os glóbulos vermelhos como invasores. Assim, produzem anticorpos que os atacam e os destróem antes do tempo.

Nesse tipo, o tratamento depende da causa. Na manifestação autoimune, por exemplo, pode ser necessário o tratamento com medicamentos que inibem o sistema imunológico.

Anemia do recém-nascido

Recém-nascidos também podem sofrer com a anemia. A principal causa desse tipo de problema é uma doença chamada eritroblastose fetal, ou incompatibilidade de Rh.

O Rh, ou fator Rh, é um antígeno presente no sangue, que recebe classificação positiva ou negativa.Quando alguém possui o antígeno naturalmente ele é considerado Rh+ (positivo). As pessoas que não apresentam esse fator Rh naturalmente são classificadas como Rh- (negativo).

Quando o Rh positivo do bebê entra em contato com o Rh negativo da mãe, o sistema imunológico da gestante pode acabar produzindo anticorpos para se defender desses antígenos do feto, ao entendê-los como corpos estranhos.

Essa reação do sistema de defesa recebe o nome de sensibilização Rh.

Por causa desse conflito entre os antígenos da mãe e do bebê, o recém-nascido pode sofrer com a anemia, pois os anticorpos podem atravessar a placenta até o feto, provocando a destruição das hemácias.

Para se defender dessa anemia, o organismo do recém-nascido reage produzindo hemácias imaturas, denominadas eritroblastos. Essa é uma condição que pode trazer sérios riscos para a saúde do bebê.

Raramente essa incompatibilidade de Rh provoca problemas durante a primeira gestação. No entanto, por ficar mais sensibilizada, os riscos em gestações futuras é maior.

Anemia por doenças crônicas

Pode ser provocada pela presença de doenças autoimunes, câncer, doenças infecciosas, insuficiência renal crônica e outras patologias como o HIV/AIDS, artrite reumatoide e doença de Crohn.

Nessas condições, os pacientes correm um risco maior de apresentarem uma baixa produção de glóbulos vermelhos.

Qual é a causa da anemia?

A anemia acontece quando os níveis de hemoglobina no sangue, presentes no transporte do oxigênio, estão baixos. Essa redução pode ser provocada pela deficiência de vitamina B12, carência de ferro, problemas na medula óssea, sangramentos e doenças genéticas, hereditárias, autoimunes e crônicas.

Há também vários fatores que contribuem para essa alteração do organismo, como o uso de medicamentos e cirurgias, por exemplo. Conheça quais são esses fatores:

Carência de ferro

O ferro, como dito anteriormente, é um nutriente fundamental para a saúde do organismo. Entre suas funções, uma das mais importantes é o papel que exerce na formação das hemoglobinas, proteína que representa aproximadamente 30% do peso de cada glóbulo vermelho (hemáceas).

Sem esse nutriente, a medula óssea não é capaz de produzir hemoglobinas da forma adequada. Com níveis baixos de ferro, o nosso corpo acaba manifestando a anemia.

Além de uma alimentação pobre desse nutriente, o tipo ferroprivo pode acontecer em mulheres grávidas que não recebem suplementação, durante o período menstrual e em pacientes com câncer, úlcera ou em tratamento regular com analgésicos mesmo que prescritos pelo médico, como a aspirina.

Dieta pobre em vitaminas

As vitaminas B12 e B9, assim como o ferro, são essenciais para que glóbulos vermelhos saudáveis sejam produzidos. Por isso, uma alimentação deficiente nesses nutrientes pode causar a anemia.

Contudo, algumas pessoas, mesmo ingerindo em boa quantidade essas vitaminas, podem apresentar a anemia. Isso acontece porque seus organismos não conseguem absorvê-las.

Várias doenças podem causar essa má absorção, o que deve ser investigado e tratado adequadamente pelo médico responsável.

Doenças associadas à medula óssea

Doenças como a leucemia e a mielofibrose, que estão relacionadas a alterações das funções da medula óssea, que é responsável pela produção de células do sangue (glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas. Por isso, podem causar a anemia.

Distúrbios intestinais

Algumas doenças que afetam a absorção de nutrientes pelo intestino delgado podem aumentar as chances do surgimento da anemia, como a síndrome de má absorção intestinal e a doença de Crohn.

Doenças genéticas ou autoimunes

Algumas doenças genéticas, às vezes hereditárias, podem causar alterações da hemoglobina, inibindo a produção ou afetando a qualidade dessas proteínas.

As alterações acabam provocando a falência das hemácias, em um tempo inferior ao esperado. As principais patologias que induzem essas disfunções são as chamadas de hemoglobinopatias, tais como as que provocam a anemia falciforme e a talassemia (distúrbio do sangue devido à baixa produção de hemoglobina).

No caso das doenças autoimunes, é o próprio sistema de defesa do indivíduo que ataca os glóbulos vermelhos. A anemia hemolítica, por exemplo, é um tipo de anemia autoimune.

No entanto, há também doenças autoimunes que podem apresentar a anemia como sintoma ou consequência, como a doença celíaca (intolerância ao glúten), que dificulta a absorção de nutrientes pelo intestino.

Período menstrual

Mulheres que possuem um fluxo menstrual intenso ou prolongado podem apresentar chances maiores de desenvolver a anemia, devido à perda de sangue ocorrida no período.

De um modo geral, mulheres que não estão na menopausa são um grupo de risco maior para a anemia, quando comparado às mulheres na pós-menopausa e aos homens.

Gestação

A anemia na gestação é um sintoma considerado frequente, pois nesse período acontece uma diminuição na quantidade de hemoglobina. Além disso, as necessidades de ferro aumentam e nem sempre podem ser supridas pela alimentação.

Fatores de risco

Existem alguns fatores que aumentam o risco da anemia. São eles:

  • Dieta deficiente em ferro, minerais e vitaminas como B12 e B9;
  • Idade: em idosos, por exemplo, a condição pode ocorrer devido a presença de doenças crônicas, deficiência de ferro por perda de sangue, alimentação inadequada e outras doenças inflamatórias;
  • Doenças crônicas como câncer, doença inflamatória do intestino, doenças no fígado, doença na tireoide, diabetes, artrite reumatoide, AIDS, etc;
  • Perda de sangue desencadeada por cirurgia, lesão, fluxo menstrual intenso ou outras causas;
  • Infecções;
  • Gravidez;
  • Medicamentos;
  • Histórico familiar, como em casos de anemia falciforme;
  • Cirurgias intestinais ou gástricas, como cirurgia bariátrica;
  • Distúrbios intestinais, como doença de Crohn.

Sintomas da anemia

Os sintomas da anemia podem variar de acordo com o tipo. No caso da anemia por deficiência ferropriva, por exemplo, sinais como cansaço, apatia, indisposição, dificuldade de aprendizado e palidez da pele e mucosas, como na parte interna do olho e gengivas, podem estar presentes.

De modo geral, a anemia tem como principal sintoma o cansaço devido ao menor transporte de oxigênio às células e tecidos. Quanto mais rápido a anemia domina o corpo, mais cansaço e fraqueza o paciente sente.

Os tipos de anemia que se instalam de modo lento, em geral, dão tempo ao organismo do paciente de adaptar e os sintomas podem aparecer com mais intensidade quando há um estágio mais grave.

Pacientes com anemia aguda, por exemplo, podem apresentar como característica principal uma queda na pressão arterial, devido à redução do volume de sangue.

Em determinadas condições, os sintomas podem ser um impeditivo na realização de tarefas simples do dia a dia. Os principais são:

  • Falta de energia;
  • Cansaço;
  • Perda de apetite;
  • Apatia (mais perceptível em crianças, quando aparentam estar muito “paradas”);
  • Cãibras;
  • Dificuldade de aprendizagem (nas crianças);
  • Dor no peito;
  • Fadiga generalizada;
  • Falta de ar;
  • Hipertensão;
  • Indisposição para o trabalho;
  • Palidez de pele e mucosas (parte interna do olho, gengivas);
  • Taquicardia (coração acelerado).

Contudo, por serem sinais pouco específicos, o diagnóstico laboratorial se faz necessário. Ao se identificar com os sinais da anemia, é fundamental procurar um médico para investigar a causa.

Diagnóstico

O diagnóstico da anemia é sempre laboratorial, através de exames que permitem analisar a quantidade de hemoglobina e hemácias no sangue. A partir dos valores apontados e da análise dos sintomas, o médico poderá analisar se o caso é um quadro de anemia.

O nível de hemoglobina é um dos indicadores mais usados para investigar a condição, informação presente no hemograma, exame de rotina comumente exigido para diagnóstico de doenças do sangue.

Esse exame aponta os valores referência para os eritrócitos, hematócrito e hemoglobina (células do sangue), que são analisados para identificar se o paciente está com uma produção saudável.

Os valores de referência podem variar de acordo com o laboratório e também de acordo com a idade e condição  do paciente.

Mulheres com grande fluxo menstrual, por exemplo, podem ter valores menores, sem causar qualquer dano à saúde. Uma leve queda no hematócrito, porcentagem de glóbulos vermelhos ou hemácias no volume total do sangue, nas mulheres pode não ter relevância clínica.

Durante a gestação, a fim de prevenir a anemia no bebê, uma investigação pode ser feita na mãe durante o pré-natal. No bebê, a anemia é confirmada pelo teste sanguíneo.

O clínico geral pode examinar o paciente e fazer o diagnóstico, mas para o tratamento ou para um diagnóstico diferencial, outros especialistas podem colaborar, tais como o pediatra, hematologista e nutricionista.

Exames

O diagnóstico da anemia é confirmado através da realização de alguns exames, como o hemograma, comumente utilizado na suspeita da anemia.

O hemograma é um exame de sangue que especifica informações como os níveis de hemoglobina, que podem não estar alterados durante o início da condição, mas que tende a manifestar variação com o decorrer do tempo.

Geralmente, no início da anemia, as hemácias possuem tamanho e cor normais, mas se tornam menores (microcíticas) e pálidas (hipocrômicas) com a condição agravada.

Entre as informações que o exame hemograma apresenta estão a quantidade média de hemoglobina por hemácia e o volume, que podem ser menores na anemia. Também é possível identificar se há variação no tamanho das hemácias, que podem ser maiores.

Quando há uma suspeita de que se trata de um caso de anemia ferropriva, o médico pode solicitar a realização de outros exames.

Além do hemograma, os que podem ser pedidos incluem:

  • Ferritina: realizado para medir a quantidade de ferritina no sangue, uma proteína responsável por armazenar ferro nas células. Quantidades baixas de ferritina no sangue representam, consequentemente, uma redução na quantidade de ferro armazenado pelo organismo;
  • Ferro sérico: é um exame para determinar o nível de ferro no sangue, solicitado quando há suspeita de excesso ou carência de ferro no corpo. É realizado através de uma amostra de sangue, sendo necessário estar em jejum por, em média, 12 horas até a coleta de sangue;
  • Transferrina: usado para avaliar a capacidade do sangue em realizar o transporte de ferro, sendo a transferrina a proteína que se une ao ferro no sangue para esse transporte no organismo aconteça;
  • VHS (Velocidade de Hemossedimentação): é realizado para identificar inflamações. No caso da anemia, ajuda no diagnóstico quando a causa é uma doença autoimune.

Valores referência para o hemograma

Os valores de referência do hemograma variam de acordo com sexo e idade. Considerando os valores de hemoglobina (g/dL) no sangue, são estabelecidos os seguintes índices:

  • Recém-nascidos: 13,5 a 19,6;
  • Crianças com até 1 ano de idade: 11 a 13;
  • Crianças com idade acima de 1 ano: 11,5 a 14,8;
  • Mulheres: 12 a 16;
  • Gestantes: 11,5 a 16;
  • Homens: 13,5 a 18.

O diagnóstico de anemia é realizado quando esses valores da hemoglobina estão abaixo do valor de referência. Para identificar a causa, podem ser necessários outros exames, prescritos pelo médico.

E é importante ressaltar que quem deve interpretar o resultado do exame é o médico responsável pela solicitação. Nem sempre alterações nos resultados são anemia.

Anemia tem cura?

A cura da anemia depende da causa. Normalmente, as anemias provocadas por deficiência de ferro ou vitaminas podem ser tratadas e resolvidas com maior facilidade.

Em anemias causadas por doenças autoimunes ou genéticas, por exemplo, nem sempre a cura é possível. No entanto, existe a possibilidade de tratamento e controle da condição.

Tratamentos

O tratamento é realizado de acordo com a causa da anemia, podendo ser feita através de um suporte nutricional, com reposição de ferro e vitaminas, por exemplo, ou com o tratamento das doenças causadoras desse sintoma.

Em alguns casos, apenas uma alimentação mais adequada não é o suficiente para curar a anemia, sendo necessário o uso de suplementos ou medicamentos específicos.

Veja como deve ser o tratamento, de acordo com a causa:

Anemia por deficiência em vitamina B12

Para o tratamento, deve ser investigado o que está provocando essa carência de vitaminas.

Quando se trata de uma deficiência por alimentação inadequada, uma mudança na dieta pode ser feita. O médico pode orientar o paciente em relação a isso, sendo o nutricionista um profissional importante para o acompanhamento.

No caso de uma deficiência causada por má absorção, é importante buscar o tratamento para a doença que está impedindo o aproveitamento desses nutrientes.

Pode ser necessário a reposição dessas vitaminas por meio de suplementos. Quem deve analisar essa necessidade é sempre o médico responsável pelo caso.

Anemia ferropriva

O tratamento, geralmente, se dá pelo uso de medicamentos ou suplementos prescritos pelo médico. Somado a isso, uma mudança nutricional também é importante, para que o organismo possa absorver ferro através de alimentos de origem animal e vegetal. Algumas das melhores fontes desse nutriente são:

  • Carnes vermelhas: principalmente fígado, de qualquer animal, e outras vísceras (miúdos), como rim e coração;
  • Carnes de aves e de peixes;
  • Alimentos de origem vegetal: folhas verde-escuros como agrião, couve, cheiro-verde, folhas de beterraba;
  • Leguminosas: feijões, fava, grão-de-bico, ervilha, lentilha;
  • Grãos integrais ou enriquecidos: nozes e castanhas, melado de cana, rapadura, açúcar mascavo.

Há também disponíveis no mercado alimentos enriquecidos com ferro, como farinhas de trigo, farinha de milho e cereais matinais, por exemplo.

No entanto, se a causa da anemia ferropriva não for alimentar, mas sim por sangramentos, além de reposição nutricional, é necessário investigar e tratar o que está provocando essa perda excessiva de sangue.

No caso de mulheres que apresentam um fluxo menstrual prolongado, é válido se consultar com um médico ginecologista para entender o que pode ser feito para evitar a anemia.

Outros tipos de anemia

Quando a anemia tem como causa doenças autoimunes ou genéticas, o tratamento deve ser realizado para tratar essas doenças em específico. Assim, a cura da anemia acontece indiretamente.

Dependo do tipo de anemia, pode ser necessário a administração de medicamentos para inibir o sistema imunológico (anemia hemolítica), remédios para aliviar a dor e transfusões de sangue, em casos mais graves.

No caso da anemia falciforme, por exemplo, pode ser necessário transplante de medula óssea.

Medicamentos

O uso de medicamentos deve ser feito quando prescrito pelo médico responsável pelo tratamento, de acordo com as necessidades do paciente.

No tratamento da anemia ferropriva, tipo mais comum, o uso de medicamentos à base de sulfato ferroso pode ser prescrito.

Em anemias megaloblásticas, a recomendação de medicamentos com a substância ativa folinato de cálcio pode ser feita. Outros medicamentos usados no tratamento de anemia incluem:

  • Dexametasona;
  • Combiron Fólico;
  • Ferronil;
  • Hemax;
  • Hemogenin;
  • Neutrofer;
  • Noripurum;
  • Noripurum Fólico;
  • Prednisolona.

Atenção!

NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas nesse site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.

Prognóstico

A anemia é um sintoma, por isso, para traçar um prognóstico adequado, é necessário entender a causa. Normalmente, os pacientes que seguem o tratamento e as orientações médicas à risca apresentam um prognóstico positivo e sem complicações.

Complicações

Quando a anemia não é tratada, algumas complicações podem ocorrer. No caso do tipo falciforme, por exemplo, a ausência de um tratamento pode ser grave, causando complicações até mesmo letais.

Algumas das mais comuns são apatia, baixo peso em recém-nascidos, redução da produtividade no trabalho, redução na capacidade de aprendizado (principalmente em crianças), retardo do crescimento e redução de habilidade cognitiva que podem ser permanentes.

Outras complicações que a anemia pode causar:

Problemas cardíacos

A anemia pode provocar alterações no ritmo de batimentos cardíacos, tornando-os rápidos ou irregulares (arritmia). Nessas condições, o coração tenta compensar a falta de oxigênio e nutrientes dos tecidos através do aumento do bombeamento de sangue. Por isso, o órgão é mais exigido.

Fadiga severa

A anemia, em casos graves, provoca uma sensação de cansaço extremo no paciente. Essa fadiga pode impedi-lo de realizar as tarefas com facilidade, tendo dificuldade para trabalhar, estudar e outras atividades do dia a dia.

É um risco para gestante e para o bebê

Devido à anemia agravada, gestantes podem ter um parto prematuro. Além disso, esse sintoma é considerado a causa primária entre 1 a 5 mortes em mulheres em trabalho de parto.

Como prevenir?

Nem todos os tipos de anemia podem ser prevenidos, como no caso de anemias causadas por alterações autoimunes e genéticas. Mas, quando nos referimos à anemia ferropriva ou por deficiência de vitamina B12, existem algumas dicas e hábitos saudáveis que podem ajudar:

Incluir alimentos ricos em ferro na dieta

Uma alimentação rica em ferro ajuda a prevenir a anemia ferropriva, pois esse é um nutriente fundamental para a produção saudável de hemácias (glóbulos vermelhos).

Por isso, é importante incluir alimentos como quinoa, feijão, aves, peixes, carne bovina, lentilha, grão de bico, e vegetais folhosos como couve, espinafre e agrião.

Consumir alimentos com vitamina B9 (ácido fólico) e B12

O ácido fólico (vitamina B9) e a vitamina B12, assim como o ferro, também são fundamentais para prevenção da anemia.

A vitamina B9 está presente em vegetais verde-escuros folhosos, em ervilhas, feijões, grãos, amendoim, pão, cereais e arroz. A vitamina B12 pode ser adquirida em dietas ricas em produtos derivados do leite, cereais, produtos de soja e carnes.

Consumo moderado de alimentos ricos em cálcio

O cálcio é também um nutriente essencial para a saúde, mas ele pode interferir na absorção de ferro pelo organismo.

Contudo, os estudos sobre esse efeito ainda são pouco consistentes para afirmar o quanto ele interfere na absorção do ferro pelo organismo e em qual quantidade seria um risco.

Para prevenir a anemia, o consumo de cálcio não deve ser excluído, mas recomenda-se que a ingestão de alimentos fontes de ferro ao mesmo tempo do consumo de alimentos ricos em cálcio seja feito de acordo com a recomendação prescrita por um médico ou nutricionista, pois são os profissionais mais indicados para avaliar cada caso, individualmente.

Vitamina C

A presença de vitamina C (ácido ascórbico) na refeição melhora a absorção de ferro proveniente de produtos vegetais, como brócolis, beterraba, couve-flor e outros.

Algumas fontes boas desse nutriente são frutas como limão, laranja, caju, acerola, abacaxi, morango, goiaba, mamão, cranberry e manga.


A anemia é um sintoma que pode ocorrer por diferentes causas, podendo ser uma condição hereditária ou adquirida.

Em determinados tipos de anemia, o tratamento pode ser realizado com uma mudança alimentar, uso de medicamentos ou suplementos.

Nesse artigo, buscamos esclarecer como a anemia acontece, os fatores de risco e os sintomas que provoca.

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Ginecomastia: o que é e quais são os tratamentos?

Segundo uma pesquisa do Hospital Santa Virgínia, de São Paulo, cerca de 40% da população brasileira masculina sofre com alteração de tamanho na região das mamas — condição chamada de ginecomastia.

As causas para o problema podem ser diversas, desde o acúmulo de gordura ocasionado pela obesidade até fases da vida como a passagem pela puberdade.

O que é ginecomastia?

A ginecomastia consiste no inchaço ou aumento do tecido mamário nos homens, causado pelo desequilíbrio entre os hormônios testosterona e estrogênio.

A condição pode ser decorrente do aumento das glândulas mamárias (ginecomastia verdadeira), aumento de gordura (ginecomastia falsa) ou aumento de ambas (ginecomastia mista).

O que ocorre é que a falta ou diminuição da produção de testosterona, hormônio que dá as características masculinas, possibilita ao estrogênio exercer maior influência no desenvolvimento de traços femininos, como o crescimento das mamas.

Alguns fatores podem proporcionar essa desregulação hormonal, como alterações do próprio organismo, o uso de certos medicamentos (como antiandrógenos usados ​​para tratar o aumento da próstata) e esteroides anabolizantes.

Além disso, o uso frequente e em excesso de álcool e o consumo de alimentos gordurosos também podem acumular líquido e gordura, favorecendo a ginecomastia.

Geralmente, não há sintomas associados. Mas quando dores e secreções aparecem, a ginecomastia pode ser um indicativo de alterações patológicas, como tumores.

Existem 4 graus da ginecomastia, que podem ser diagnosticados como o grau 1, grau 2A, 2B e grau 3.

O especialista que pode cuidar e indicar o melhor tratamento pode ser o clínico geral, cirurgião plástico, endocrinologista ou mastologista.

Dependendo do grau o tratamento indicado pode ser via oral, com uso de medicamentos, ou pela realização de cirurgia para retirada da gordura mamária.

Há casos também em que nada precisa ser feito, apenas o acompanhamento, pois as mamas voltam a seu estado normal.

A ginecomastia pode ser encontrada na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde, o CID-10, pelo código:

O que é ginecomastia puberal?

A ginecomastia puberal é uma condição que ocorre com os meninos que estão entrando na fase da adolescência, em que os hormônios passam a trabalhar mais para o desenvolvimento do corpo.

O que ocorre é que os hormônios podem se desequilibrar, nesse caso o nível de testosterona baixa e o de estrogênio sobe, ocasionando o crescimento nas mamas.

Mas essa condição é revertida, na grande maioria, sem necessidade cirúrgica ou outras terapias, pois com o passar do tempo e da maturação sexual, os hormônios voltam ao normal e as mamas vão aos poucos sumindo.

Apenas em alguns casos, geralmente decorrentes de outras doenças, como a obesidade, pode precisar de intervenções terapêuticas

O que é ginecomastia unilateral?

Caracteriza-se como uma condição da ginecomastia em que há o aumento de apenas uma mama, ficando um lado maior que o outro.

A condição é, em geral, menos comum do que a bilateral (que acomete as duas mamas), mas as causas são as mesmas e envolvem o desequilíbrio hormonal, em que a taxa de testosterona cai e a de estrogênio aumenta.

É possível reverter essa situação sem utilizar medicamentos ou procedimentos cirúrgicos em muitos casos, apenas aguardando com que o corpo se desenvolva e os hormônios passem a agir nas quantidades corretas.

Porém, assim como no caso bilateral, se a situação persistir ou afetar severamente a convivência social do paciente, tratamentos podem ser considerados.

Causas

A ginecomastia pode ser desencadeada devido à diminuição de testosterona em relação ao hormônio estrogênio ou quando o próprio estrogênio aumenta.

Essas alterações podem ocorrer por diferentes motivos, mas geralmente as causas são:

Alterações hormonais devido à idade

Durante o crescimento e desenvolvimento do corpo, os hormônios fazem sua parte cuidando da manutenção nas características femininas e masculinas.

Tanto a mulher quanto o homem possuem os hormônios testosterona e estrogênio. Eles não são exclusivos de apenas um sexo, mas estão presentes em diferentes medidas: no homem, há mais testosterona, e na mulher, mais estrogênio.

Entretanto, em algumas fases da vida, em que há alterações envolvidas, eles podem alterar a quantidade no corpo.

Ao aumentar o estrogênio no corpo masculino, o homem passa a possuir algumas características mais predominantes nas mulheres. Principalmente nas fases:

Recém-nascidos

Quando os bebês nascem seus seios podem ser maiores, devido à influência do estrogênio herdado do período em que ficou no útero da mãe. Mas após cerca de 3 semanas do nascimento, o tecido mamário desaparece.

Puberdade

Na fase da adolescência o corpo apresenta diferentes modificações, é possível que nos meninos ocorra o crescimento do tecido mamário, mas isso ocorre devido ao inchaço que desaparece cerca de seis meses a dois anos até os hormônios se estabilizam.

Terceira idade

Assim como as mulheres sofrem na terceira idade com a chegada da menopausa, os homens sofrem com a andropausa. Em que ocorre a diminuição do hormônio testosterona em relação ao estrogênio, podendo causar o aumento nas mamas.

Certos medicamentos

Alguns medicamentos podem causar efeito colateral nos homens, inchando o tecido mamário e formando a ginecomastia. Entre esses medicamentos estão:

  • Antiandrógenos usados ​​para tratar o aumento da próstata, câncer de próstata etc;
  • Esteroides anabolizantes;
  • Medicamentos para a AIDS;
  • Medicamentos para ansiedade, como o diazepam;
  • Antidepressivos tricíclicos;
  • Antibióticos;
  • Medicamentos de úlcera, como a cimetidina;
  • Medicamentos utilizados em quimioterapia;
  • Medicamentos para o coração;
  • Bloqueadores dos canais de cálcio;
  • Medicamentos de motilidade gastrointestinal, como a metoclopramida.

Doenças e alterações do organismo

Algumas doenças ou condições podem ter, como sintomas ou consequências, o crescimento das mamas nos pacientes homens. Entre elas:

Síndrome de Klinefelter

Esta síndrome ocorre devido a um erro nos genes, logo após a concepção. O homem nasce com um cromossomo X (feminino) a mais, o que proporciona maiores características do corpo da mulher, como o crescimento dos seios.

Hipopituitarismo

O hipopituitarismo é uma condição em que o corpo não consegue produzir um ou mais hormônios suficientes para o funcionamento correto do organismo.

No homem, pode afetar a testosterona, fazendo com que o hormônio estrogênio se sobressaia, ressaltando algumas características femininas, como o aumento das mamas.

Tumores

Quando um tumor se instala em nosso organismo pode apresentar alguns sintomas de onde está localizado, nas mamas, por exemplo, pode aumentar o tamanho conforme seu crescimento.

Cirrose

Um dos fatores da cirrose é o consumo exagerado e a longo prazo de álcool, quando a cirrose se instala no paciente tem como um dos possíveis sintomas o inchaço das mamas.

Hemodiálise

Se o paciente possuir algum problema no rim, e for necessário realizar a hemodiálise pode ocorrer o aumento das mamas. Isso se deve às diferentes formas que os hormônios podem se comportar no corpo do paciente devido à realização do procedimento, que tenta contê-los.

Uso de drogas

Drogas como anfetaminas, maconha, heroína e metadona podem causar a ginecomastia.

Graus da ginecomastia

A ginecomastia pode ser classificada em quatro graus, de acordo com o tipo e crescimento da mama, são eles:

Grau 1

Caracteriza-se como um pequeno aumento da mama, com destaque à região das aréolas, em que não há sobra de pele, mas pode incomodar o paciente quando for utilizar camisas justas e mais marcadas, que podem destacar a região.

Grau 2A

Este grau apresenta um aumento moderado, mas um pouco maior em relação ao grau 1. Nesse caso, também não há sobra de pele, mas se observa que a saliência se inicia no tórax e não apenas no seio.

Grau 2B

No grau 2B, a ginecomastia costuma causar um aumento moderado da mama, com excesso de pele, deixando a saliência mais aparente, mesmo vestido alguma blusa que não fique justa.

Grau 3

Quando ocorre o grau de número 3, há um grande aumento na mama com presença de excesso de pele. Nesse caso, a condição é bem mais aparente que os outros, sendo difícil de disfarçar.

Fatores de risco

Em relação aos fatores de riscos que podem desencadear a ginecomastia, estão:

Início da adolescência

Ao iniciar a adolescência, o organismo sofre várias alterações devido ao desenvolvimento do corpo.

Os hormônios são os responsáveis pela aparição das características femininas ou masculinas. Devido às alterações normais da fase, pode ocorrer a ginecomastia.

Chegada a terceira idade

Quando se chega à terceira idade, nosso corpo reduz a produção de algumas substâncias, entre elas estão os hormônios. Nesse caso, a testosterona reduz e o estrogênio (hormônio feminino) passa a atuar com mais predominância, podendo resultar em um quadro de ginecomastia.

Obesidade ou excesso de peso

O consumo de alimentos em excesso e ricos em gorduras não traz só o aumento de peso,  mas também propicia que os tecidos mamários cresçam gerando a ginecomastia.

Uso de esteroides anabolizantes

O uso de anabolizantes, sobretudo sem orientação médica, ao invés de ajudar pode prejudicar a saúde.

Como os produtos contêm hormônios, o uso irregular pode afetar o equilíbrio do organismo e provocar efeitos colaterais como a ginecomastia.

Doenças hepáticas e renais

A ginecomastia pode ser decorrente de doenças hepáticas (que atingem o fígado) e renais (que atingem o funcionamento dos rins). Por isso, pacientes que têm histórico de alterações do funcionamento dos órgãos fazem parte do grupo de risco.

Consumo excessivo de álcool

O álcool possui muitas calorias, consumindo esse líquido em excesso pode gerar o acúmulo de gordura no organismo. Nesse caso, há apenas um aumento do tecido de gordura nas mamas.

Mas, além disso, o álcool possui substâncias capazes de estimular as alterações hormonais, fazendo com que se desenvolva a ginecomastia.

Mulheres podem ter ginecomastia?

Não. As mulheres também podem ter aumento ou crescimento irregular das mamas, mas a condição recebe outro nome: hipertrofia mamária.

Os problemas nas mamas das mulheres podem ser causados por diversos fatores, como diabetes, gravidez, menopausa, hereditariedade, lordose lombar ou patologias.

A hipertrofia mamária pode ser classificada em até 4 graus, que variam pelo tamanho e peso das mamas em cada mulher.

Sintomas

O aumento das mamas, em geral, não afeta o funcionamento do organismo e tende a não provocar outros sintomas, além do característico aumento mamário.

Assim, nota-se que a mama ou o peito está de um tamanho maior que o normal, como se estivesse inchado.

Porém, em alguns casos podem ocorrer:

Sensibilidade nas mamas

Normalmente o homem não sente dor na mama ou o peito sensível, exceto em situações de práticas de atividades físicas de impacto.

Aréola assimétrica

Devido ao crescimento mamário, pode ocorrer a alteração da aréola (parte pigmentada que rodeia o mamilo). Assim, o formato arredondado pode tornar-se assimétrico, da mesma forma que podem ocorrer alterações de tamanho.

Secreção mamilar

A secreção mamilar é um fato preocupante. Quando ela surge nos homens, é preciso consultar um médico para avaliar as causas, sendo que geralmente está associada a doenças ou alterações do organismo.

Coceira

Sentir muita coceira no peito, principalmente nos mamilos é um dos sintomas que podem acompanhar a alteração mamária.

Como é feito o diagnóstico?

Para realizar o diagnóstico os profissionais indicados podem ser um clínico geral, cirurgião plástico, endocrinologista ou mastologista.

Esses quatro profissionais são aptos a fazer o diagnóstico e, para isso, eles poderão fazer perguntas sobre seu histórico familiar, se por acaso houve casos em alguém próximo a você.

O profissional ainda pode solicitar exames como:

Exames de sangue

O exame de sangue ajuda a medir o nível dos hormônios no organismo do paciente, para saber se estão alterados. A solicitação do exame pode incluir a avaliação das seguintes taxas hormonais:

Além disso, podem ser solicitadas análises da função renal e função hepática.

A realização deste exame consiste na retirada de uma amostra de sangue, com o paciente em jejum. Após a retirada, a amostra é enviada a um laboratório para análise.

Os resultados auxiliam na investigação das possíveis causas da ginecomastia.

Mamografias

A mamografia pode diagnosticar se a ginecomastia foi causada por algum tumor, lesões, cistos ou quando o paciente apresenta muita dor na mama.

Esse exame pode ser feito de duas maneiras, a primeira é utilizando um tipo de raio-x, em que a mama é exposta ao raio e é gerado uma imagem que será armazenada em um filme para depois ser analisado.

A segunda maneira é quando a mama é exposta a um raio-x que produz um sinal elétrico e o transmite a um computador, para a análise.

Tomografia computadorizada

Pode ser indicado o exame de tomografia computadorizada, para conseguir detalhar melhor o que pode ter causado a ginecomastia em casos mais difíceis de diagnóstico. A tomografia consiste em um exame do tipo raio-x, em que o paciente deita-se em uma maca.

Essa maca móvel é transportada para dentro de uma espécie de cabine, em formato de cilindro. Enquanto o paciente permanece deitado, o cilindro possui raio-x que vai produzindo imagens internas do corpo.

Biópsia tecidual

A realização de uma biópsia tecidual vai poder avaliar a saúde do tecido da mama e identificar a causa em maior profundidade.

Dependendo do caso, a biópsia precisa ser realizada com o paciente sedado para isso é necessária a internação.

Após o paciente ser sedado, o médico retira uma parte do tecido corporal no local onde se apresenta o problema, esse tecido vivo é armazenado e enviado a um laboratório para análise.

Em geral, a biópsia é solicitada quando há suspeitas de câncer ou tumores.

Tem cura?

Sim. A ginecomastia, muitas vezes, regride espontaneamente e não necessita de intervenção terapêutica. Porém, quando necessário, há procedimentos capazes de reverter o quadro, como medicamentos e a realização de cirurgia.

Qual o tratamento indicado para ginecomastia?

Em alguns casos, como na adolescência e na terceira idade, não é preciso a realização de cirurgia. Mas, quando é necessário realizar o tratamento com intervenção cirúrgica, existem duas opções: a mastectomia e a lipoaspiração. O médico irá determinar o melhor procedimento com base no caso:

Medicamentos

Em alguns casos, pode ser indicada a terapia medicamentosa, visando controlar as alterações hormonais ou parar a progressão do quadro. Os medicamentos devem sempre ser usados com um acompanhamento intenso do médico.

Cirurgia

Quando não há reversão do quadro ou as mamas continuam se desenvolvendo por um período superior a 18 meses, a cirurgia pode ser indicada.

Em geral, o procedimento pode ser feito para a retirada das camadas de gordura em excesso, das glândulas mamárias ou de ambas (chamada de cirurgia mista).

Medicamentos para ginecomastia

Em alguns casos, os medicamentos podem ser utilizados para auxiliar na redução das mamas, mas quando não se obtém o resultado satisfatório, o indicado são as cirurgias. Os medicamentos que podem ser utilizados no tratamento da ginecomastia são:

Androgênios (repositores de testosterona)

Como a ginecomastia ocorre devido ao hormônio feminino estrogênio, pode-se utilizar repositores de testosterona e danazol para auxiliar no trabalho de redução das mamas. É indicado utilizar esses medicamentos em pacientes idosos, com níveis muito baixos de testosterona.

  • Testosterona (Androgel, Deposteron, Axeron);
  • Danazol (Ladogal).

Antiestrógenos

Utilizados no combate ao câncer de mama, os antiestrógenos agem bloqueando o hormônio estrogênio. Em alguns casos, são utilizados na diminuição de ginecomastia, proporcionando uma melhora substancial desse quadro.

  • Citrato de Tamoxifeno (Festone, Novaldex, Taxofen);
  • Citrato de Clomifeno (Clomid, Indux, Serophene).

Inibidores da aromatase

Os inibidores da aromatase são medicamentos responsáveis por agir na redução do nível de estrogênio, hormônio responsável pelo aumento das mamas nos homens.

  • Anastrozol (Arimidex, Arazabi, Anastrozol);
  • Exemestano (Aromasin);
  • Letrozol (Femara, Letrozol).

Como é a cirurgia para ginecomastia?

O tipo de cirurgia vai ser determinado pela causa da ginecomastia — se por excesso de gordura, glândulas ou pelos dois.

Em alguns casos, é necessário realizar também cirurgias de excisão, para corrigir problemas nas aréolas e nos mamilos.

Independente da escolha cirúrgica pelo médico, esses procedimentos podem deixar pequenas cicatrizes, mas o pós-operatório tende a ser tranquilo.

Mas alguns cuidados pré-operatórios precisam ser realizados.

O médico responsável pode solicitar alguns exames, como de sangue. Além disso, às vezes a perda de peso também pode ser solicitada a paciente.

Ao chegar o momento da operação, poderá ser necessário a aplicação de anestesia local  com sedação ou geral.

É normal sentir o peito dolorido e inchado, mas junto com as medicações recomendadas é possível controlar esses desconfortos.

A cirurgia dura em torno de 1 hora e pode ser necessário que o paciente permaneça entre  8 a 12 horas sob supervisão médica após realização.

Ao receber alta, é recomendado repouso absoluto, podendo voltar gradualmente às atividades cotidianas após 1 a 2 dias, mas é necessário evitar qualquer esforço físico por pelo menos 30 dias.

Entre as opções cirúrgicas estão:

Mastectomia

Este tipo de cirurgia é conhecido por retirar tumores de câncer de mama nas mulheres, mas a mesma técnica pode ser utilizada para retirar o tecido das glândulas mamárias masculina. São realizadas pequenos cortes em volta da aréola, por ali é retirado o tecido que causa o aumento das mamas.

Lipoaspiração

A lipoaspiração é um método que consiste na aspiração da gordura por meio de um aparelho parecido com um cano, bem pequeno. Esse cano suga toda a gordura que resultou no aumento da mama, após a cirurgia pode ficar pequenas cicatrizes no peito devido ao processo.

Preço: quanto custa a cirurgia de ginecomastia?

Os valores de uma cirurgia de ginecomastia variam muito, começando pelo grau da doença e tipo cirúrgico. Ou seja, se é uma lipoaspiração ou retirada de glândula (cada um desses processos varia o custo).

No geral, as cirurgias podem começar por R$ 3.500, podendo chegar até R$ 17.000.

O ideal é consultar o cirurgião plástico da sua região, sobre qual tipo de cirurgia precisa ser realizada no seu caso e depois pesquisar os valores nas clínicas e hospitais. Há casos em que os planos de saúde particulares podem cobrir o custo.

Convivendo

É possível conviver com casos de ginecomastia adquirindo alguns cuidados, são eles:

Evite ou restrinja o uso de medicamentos que podem causar ginecomastia

Medicamentos como anti-hipertensivos, drogas que tratam gastrite, insuficiência cardíaca e infertilidade masculina podem ter como efeito colateral o desenvolvimento de ginecomastia.

Fique atento a bula e se notar alguma diferença em seu corpo, comunique ao médico e evite o uso do medicamento.

Cuide das doenças associadas

Algumas doenças podem provocar involuntariamente o surgimento da ginecomastia, para evitar um caso deste é preciso cuidar do tratamento da condição.

As mais comuns que ocasionam o aumento das mamas são: cirrose hepática, hipotireoidismo, hipogonadismo, alguns tumores como nos testículos, fígado e pulmões.

Mude hábitos alimentares

Consumir muitos alimentos ricos em gordura propicia a formação do tecido que pode desenvolver a ginecomastia.

Evite comer em excesso esses alimentos gordurosos e bebidas alcoólicas, para não gerar acúmulo de líquidos e inchaço que podem facilitar o acúmulo de tecido adiposo nas mamas.

Prognóstico

O prognóstico da ginecomastia é positivo na grande maioria dos casos. Tomando os cuidados pós-cirúrgicos certos, as mamas tendem a retornar ao normal sem apresentar danos. Em casos como puberdade, a ginecomastia tende a regredir espontaneamente com o passar do tempo.

Complicações

A ginecomastia, em si, não causa nenhum dano ao paciente, quando não está associada a patologias, como câncer. Porém, são as intervenções cirúrgicas as mais relacionadas às complicações.

Apesar de raramente ocorrerem, podem causar:

  • Cicatrizes;
  • Sangramento (hematoma);
  • Infecção;
  • Má cicatrização;
  • Alterações de sensibilidade na mama ou no mamilo;
  • Acúmulo de líquido;
  • Contorno e forma irregulares do mamilo;
  • Alterações da pigmentação;
  • Inchaço;
  • Danos em estruturas mais profundas como nervos e vasos sanguíneos;
  • Alergias a materiais de sutura, utilizados em cirurgias;
  • Assimetria de mama;
  • Necrose do tecido adiposo;
  • Complicações cardíacas e pulmonares;
  • Dor que pode perdurar;
  • Necessidade de novo procedimento cirúrgico (retoque).

Para os pacientes que não se submete aos procedimentos cirúrgicos e não tratam a ginecomastia, pode ocasionar complicações como:

  • Problemas de sociabilidade;
  • Autoestima baixa;
  • Problemas emocionais.

Como prevenir?

É possível prevenir casos de ginecomastia com alguns cuidados, como:

Evitar alimentos com gorduras

Quando consumimos alimentos com muitas gorduras estimulamos o aumento do tecido adiposo no organismo, que estimula a ação de uma enzima chamada aromatase. Ela está relacionada à conversão de testosterona em estrogênio (hormônio feminino), podendo favorecer a ginecomastia.

Diminuir o consumo de álcool e outras drogas

Assim como ocorre com a gordura dos alimentos, o álcool possui muitas calorias que vão gerando o acúmulo de gordura no organismo. Isso estimula a enzima aromatase, que converte a testosterona em estrogênio, propiciando as características femininas.

Além disso, o álcool em excesso compromete as funções do fígado, causando desequilíbrio que pode gerar o aumento das mamas.

Além disso, algumas drogas, como a maconha e a heroína, quando entram em nosso organismo produzem ação similar ao hormônio estrogênio, o que prejudica a produção de testosterona, propiciando o crescimento da mama.

Cuidar do tratamento de doenças associadas

Quando o paciente possui outra doença, como tumor pulmonar ou testicular, hipotireoidismo, derrame, tuberculose ou insuficiência renal, precisa estar sempre atento no cuidado com a saúde.

Essas outras patologias ou alterações podem desregular o funcionamento dos hormônios e produzir o aumento do tecido mamário.

Não consumir suplementos nutricionais sem orientação

Os suplementos, sobretudo voltados ao ganho de massa muscular, podem estimular as alterações hormonais. Por isso, a utilização só deve ser feito sob orientação médica e nutricional.

Perguntas frequentes

A ginecomastia na adolescência é normal?

Sim, durante a adolescência é normal ocorrer o aumento da mama nos meninos. Em geral, a condição se normaliza sem a necessidade de tratamentos ou intervenções.

O aumento das mamas no homem é sempre bilateral ou existe ginecomastia unilateral?

Existe ginecomastia unilateral. A maior parte dos casos ocorre nas duas mamas (bilateral), mas alguns pacientes podem apresentar aumento mamário em somente um lado. O tratamento e as condutas são semelhantes.

Existe remédio para a ginecomastia?

Em alguns casos, podem ser utilizados medicamentos para tentar controlar as alterações hormonais. Mas, na maior parte das vezes, se for necessária a intervenção clínica, o tratamento preferencial é a cirurgia.

Ginecomastia diminui com academia?

Em geral, não. Alguns casos, quando as mamas são aumentadas pela gordura corporal, os exercícios podem auxiliar na redução se houver um emagrecimento em geral.

No entanto, exercícios de musculação podem favorecer o desenvolvimento muscular do peitoral, mantendo ou até aumentando a saliência mamária.

A ginecomastia pode voltar depois da cirurgia?

É incomum, mas pode ocorrer. Principalmente em casos que o paciente ganha muito peso após meses da realização da cirurgia ou, também, se ele apresentar algum distúrbio que possa propiciar o aumento das mamas novamente, como problemas hormonais e metabólicos.

A ginecomastia é uma doença que pode afetar os homens em diferentes fases da vida, relacionada às alterações hormonais. Apesar de não haver complicações ou sintomas graves, capazes de comprometer a saúde do paciente, a condição pode trazer prejuízos sociais.

Sexual
Hipogonadismo Masculino: conheça os sintomas e tratamentos

O que é Hipogonadismo Masculino?

O hipogonadismo é uma doença em que os testículos produzem pouco ou não produzem os hormônios sexuais e que não tem cura. Quando há esse problema, a ausência da puberdade e a infertilidade são comuns. Ainda pode haver a falta de desenvolvimento do órgão sexual por conta da doença.

Com o hipogonadismo, os homens sofrem com a testosterona. Além desse hormônio, eles podem não produzir espermatozoides.

Tipos de Hipogonadismo Masculino e Causas

O hipogonadismo pode ser separado em primário e secundário, ou, então, em hipogonadismo hipergonadotrófico e hipogonadismo hipogonadotrófico, respectivamente.

Confira abaixo as características e as causas de cada um:

Hipogonadismo Primário ou Hipogonadismo Hipergonadotrófico

O hipogonadismo primário é caracterizado pelo fato dos testículos não funcionarem corretamente, produzindo pouco ou nenhum hormônio sexual.

As suas causas são:

  • Infecções;
  • Cirurgias;
  • Doenças autoimunes;
  • Problemas genéticos, como Síndrome de Klinefelter;
  • Radiação;
  • Doenças hepáticas;
  • Doenças renais.

Hipogonadismo Secundário ou Hipogonadismo Hipogonadotrófico

No hipogonadismo secundário, a hipófise e o hipotálamo são os locais do cérebro que controlam as gônadas (testículos e ovários) que não funcionam corretamente, fazendo com que não haja a produção de hormônios sexuais.

As causas do hipogonadismo secundário são conhecidas por:

  • Infecções;
  • Problemas genéticos;
  • Sangramento anormal;
  • Radiação;
  • Tumores;
  • Deficiências nutricionais;
  • Excesso de ferro;
  • Perda rápida de peso;
  • Cirurgia.

Fatores de risco

Os pacientes que possuem histórico de doenças citadas nas causas, como, por exemplo, doenças autoimunes, hepáticas e renais, infecções, problemas genéticos e outros, podem necessitar de uma avaliação personalizada e especializada.

Pacientes com mais de 60 anos também são mais propensos a terem a doença por conta da baixa na produção hormonal sexual. É necessário realizar exames de sangue com certa frequência para identificar possíveis problemas de saúde.

Classificação

A classificação do hipogonadismo pode ser separado pelas formas em que a doença pode ser encontrada.

Insuficiência testicular alobal

A síndrome de Klinefelter é frequente e causa a infertilidade. Os sintomas são: azoospermia, retardo mental leve com hialinização dos túbulos seminíferos e ginecomastia (crescimento das mamas masculinas).

Síndrome de UllrichNoonan

Essa síndrome está relacionada com micropênis, criptoquidia e a baixa estatura.

Anorquia

É a ausência de gônada masculina com sintomas de hipogonadismo na fase adulta. O diagnóstico diferencial prépuberal deve ser feito com criptorquidia bilateral até que a etiologia seja conhecida, a doença pode ser chamada de pseudohermafrodita masculino.

Distrofia Miotônica

É uma doença muscular associada com quadros desde a infertilidade até a diminuição da testosterona.

Insuficiência seminífera

Orquites (causadas pelo vírus da caxumba são as mais comuns), radiações, aplasia germinativa, autoimunidade e drogas.

Insuficiência androgênica

Ocasionada por defeito de receptor androgênico, defeitos de síntese de testosterona, defeitos na conversão da testosterona para DHT e climatério masculino.

Hipogonadismo hipogonadotrófico

O hipogonadismo masculino por deficiência gonadotrófica pode ser diferente do hipergonadotrófico por atingir secundariamente o testículo derivado de patologia hipotalâmicas ou hipofisária, com baixos níveis de gonadotrofinas.

Hipofisário

É caracterizado por:

  • Isquemia;
  • Produção de gonadotrofinas anômalas;
  • Hemocromatose;
  • Doenças infiltrativas (sarcoidose, histiocitose, tuberculose);
  • Processos expansivos intraselares (prolactinomas, adenomas produtores de gonadotrofinas).

Hipotalâmico

O hipogonadismo hipotalâmico se caracteriza pelos seguintes itens:

  • Associada com outras deficiências de fatores liberadores (doenças infiltrativas, radiação e tumores)
  • Síndromes genéticas (LaurendeMoonBiedl, PraderWilli)
  • Deficiência isolada do GnRH (com anosmia síndrome de Kallmann, sem anosmia e suas variantes.

Os sintomas do Hipogonadismo Masculino

Antes da puberdade, os sintomas costumam ser:

  • Não há o desenvolvimento de pênis até os 16 anos;
  • Não há alteração na voz até os 16 anos;
  • Não há o desenvolvimento de pelos pubianos;

Após a puberdade, os sintomas masculinos costumam ser:

  • Diminuição dos pêlos do corpo e da barba;
  • Órgão sexual masculino pequeno;
  • Perda de massa muscular;
  • Diminuição da libido;
  • Desenvolvimento do quadril (parecido com o feminino);
  • Voz fina;
  • Impotência sexual;
  • Redução da produção de esperma;
  • Desânimo e falta de energia;
  • Crescimento das mamas (ginecomastia);
  • Crescimento anormal dos braços e pernas;

Diagnóstico

O diagnóstico pode ser feito por urologistas, radiologistas, pediatras, clínicos gerais ou endocrinologistas. Esses são os médicos mais indicados para auxiliar no tratamento do hipogonadismo.

O diagnóstico é dado através de uma conversa, em que o médico descobre o histórico clínico do paciente, e também de exames, que podem ser realizados para confirmar o que o médico já suspeitava.

Os exames que podem ser requeridos pelo médico são:

  • Painel de hormônios como: estradiol, progesterona, testosterona, FSH, LH, DHT, TSH, T4L e prolactina;
  • Ultrassom dos testículos;
  • Espermograma;
  • Ressonância da hipófise.

Qual o tratamento para Hipogonadismo Masculino?

O tratamento varia de acordo com a causa da doença. Quando o hipogonadismo é causado por tumor, a cirurgia ou o uso de medicamentos podem ser tratamentos eficazes.

Em casos de lesão por trauma ou não no testículo, por conta de doenças autoimunes, o tratamento é feito com a reposição de hormônios sexuais que estão faltando.

Medicamentos utilizados no tratamento da doença

Os medicamentos mais indicados para tratar o hipogonadismo são conhecidos como:

Esse tratamento é feito com terapia hormonal e a única pessoa que pode receitar o medicamento é o médico. Não se automedique e nem interrompa o tratamento sem a indicação dele.

Complicações

A principal complicação do hipogonadismo é a infertilidade, caso a pessoa queira ter filhos. Como há a falta dos hormônios, pode ocorrer ainda:

  • Alteração metabólica (derrames e infartos);
  • Alteração no humor;
  • Ganho de peso;
  • Perda de massa muscular;
  • Alteração no desenvolvimento sexual.

Como conviver com o problema

Para conviver com o problema, o indicado é fazer o tratamento de forma correta. Isso acontecendo, o paciente pode ter uma vida normal.

Dependendo da causa do problema, algumas alterações podem ser feitas pelo médico.

Prevenção

Como as causas são variadas, somente algumas podem ser prevenidas como é o caso da diabetes. Dormir bem, se alimentar corretamente e praticar atividades físicas são indicadas para prevenir o hipogonadismo.

Consultar o médico é sempre o mais indicado para ter um diagnóstico correto do seu problema, seja ele qual for. Não se automedicar é fundamental para evitar problemas de saúde causados pelos efeitos colaterais.

Sexual
Reposição de testosterona: quando fazer, remédios e efeitos colaterais

A reposição de testosterona, também conhecida como reposição hormonal masculina, é indicada para tratamento da andropausa, um distúrbio hormonal natural que surge no homem a partir dos 40 anos e que é caracterizado pela baixa produção de testosterona, causando diminuição da libido, irritabilidade e ganho de peso.

Os níveis de testosterona têm tendência a diminuir a partir dos 30 anos de idade, no entanto, a reposição não precisa ser feita a partir dessa idade, especialmente porque o uso muito prolongado de testosterona sintética pode também trazer alguns efeitos negativos.

A reposição geralmente só é indicada após os 40 anos e quando existem sintomas de andropausa que estejam sendo muito intensos e trazendo desconforto. Nesse caso deve-se ir ao urologista para avaliar o caso, realizar um exame de sangue que indique a dosagem de testosterona na corrente sanguínea e, então, iniciar o tratamento de reposição, se necessário.

Quando a reposição é indicada

Os níveis de testosterona normalmente começam a diminuir a partir dos 30 anos, porém nem todo homem precisa fazer reposição hormonal e, por isso, é importante consultar o urologista para que sejam avaliados os sintomas e os níveis de testosterona, de forma a definir se será iniciado o tratamento para a andropausa ou não.

Os sintomas relacionados à diminuição da produção de testosterona são:

  • Diminuição da libido;
  • Dificuldade de ereção;
  • Perda de pêlos no corpo;
  • Aumento fácil de peso;
  • Diminuição da massa muscular;
  • Aumento da irritabilidade;
  • Insônia.

A partir dos sintomas relatados, o médico pode solicitar alguns exames de sangue com o objetivo de avaliar a saúde do homem, como por exemplo testosterona total e livre, PSA, FSH, LH e prolactina, que apesar de ser um hormônio dosado nas mulheres para verificar a capacidade de produção de leite durante a gravidez, pode indicar alguma disfunção masculina.

Os valores normais de testosterona no sangue no homem são entre 241 e 827 ng/dL, no caso da testosterona total, e, no caso da testosterona livre, 2,7 – 18 ng/dL em homens entre 41 e 60 anos, e 1,9 – 19,0 ng/dL em homens acima de 60 anos, podendo os valores variar de acordo com o laboratório. Assim, valores abaixo dos valores de referência podem indicar uma menor produção de hormônio pelos testículos, podendo ser indicado pelo médico a reposição hormonal.

Remédios para reposição hormonal masculina

A reposição hormonal masculina é feita de acordo com a orientação do urologista, que pode indicar o uso de alguns medicamentos, como:

  • Comprimidos de acetato de ciproterona, acetato de testosterona ou undecanoato de testosterona como o Durateston;
  • Gel de dihidrotestosterona;
  • Injeções de cipionato, decanoato ou enantato de testosterona, aplicadas 1 vez por mês;
  • Adesivos ou implantes de testosterona.

Uma outra forma de melhorar os sintomas de andropausa no homem é a mudança de hábitos de vida como alimentação saudável, prática de exercício físico, não fumar, não beber álcool, reduzir o consumo de sal e de alimentos gordurosos. O uso de suplementos vitamínicos, minerais e antioxidantes, como o Vitrix Nutrex, também podem ajudam a controlar a baixa taxa de testosterona no sangue do indivíduo.

Possíveis efeitos colaterais

A reposição com testosterona só deve ser feita com a orientação médica e não deve ser utilizada para ganho de massa muscular, pois pode causar sérios danos à saúde, como:

  • Agravamento de câncer na próstata;
  • Aumento do risco de doença cardiovascular;
  • Aumento da toxicidade do fígado;
  • Aparecimento ou piora da apneia do sono;
  • Acne e oleosidade da pele;
  • Reações alérgicas na pele devido aplicação do adesivo;
  • Aumento anormal da mama ou aparecimento de câncer de mama.

O tratamento com testosterona também não é indicado para os homens que possuem suspeita ou confirmação de câncer de próstata ou mama devido aos possíveis efeitos colaterais da reposição hormonal, por isso, antes de iniciar o tratamento hormonal, também devem realizar exames para detectar presença de câncer de próstata, mama ou testículo, doenças de fígado e problemas cardiovasculares.

Reposição hormonal causa câncer?

reposição hormonal masculina não provoca câncer, porém pode agravar a doença nos homens que tenham ainda o câncer pouco desenvolvido. Por isso, cerca de 3 ou 6 meses após início do tratamento, deve ser feito o exame de toque retal e dosagem do PSA para verificar alterações importantes que indiquem presença de câncer.

Sexual
Testosterona: sinais de que está baixa e como aumentar

A testosterona é o principal hormônio masculino, sendo responsável por características consideradas masculinas como crescimento da barba, engrossamento da voz ou aumento da massa muscular. Além disso, a testosterona também estimula a produção de espermatozoides, sendo diretamente relacionado com a fertilidade masculina. Embora seja considerado um hormônio masculino, a testosterona também está presente nas mulheres, mas em menor quantidade. 

Após os 50 anos é comum haver diminuição na produção de testosterona, o que caracteriza a andropausa, que é semelhante à menopausa das mulheres, mas nos homens. No entanto, a diminuição da produção de testosterona no homem não significa que ele passa a ser infértil, mas sim que a sua capacidade reprodutiva está diminuída, já que a produção de espermatozoides fica comprometida.

Sintomas de testosterona baixa

Nos homens a diminuição da produção de testosterona pode levar aos seguinte sintomas:

  • Diminuição da libido;
  • Menor desempenho sexual;
  • Depressão;
  • Diminuição da massa muscular;
  • Aumento da gordura corporal;
  • Diminuição da barba e perda de pelos no geral;
  • Irritabilidade;
  • Cansaço e indisposição.

Além da disfunção sexual, a testosterona baixa em homens também pode causar problemas como osteopenia, osteoporose e alteração da fertilidade masculina. A diminuição da produção hormonal é comum e ocorre especialmente com o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, quando o homem fuma, está acima do peso ou tem diabetes.

A testosterona também está presente nas mulheres, mas em menores concentrações. No entanto, quando os níveis de testosterona diminuem nas mulheres também pode haver o aparecimento de alguns sintomas, como:

  • Perda de massa muscular;
  • Acúmulo de gordura visceral;
  • Diminuição do desejo sexual;
  • Desinteresse generalizado, que pode ser confundido com depressão em alguns casos.

Por outro lado, quando os níveis de testosterona estão aumentados na mulher pode haver o desenvolvimento de características tipicamente masculinas, como crescimento de pelos no peito, rosto e na região interna das coxas, próximo à virilha. 

Aos surgirem sintomas que podem estar relacionados à alteração dos níveis de testosterona é importante consultar um endocrinologista, urologista, no caso dos homens, ou ginecologista, no caso das mulheres. Assim, pode-se verificar a produção desse hormônio e, se necessário, iniciar o tratamento. 

Exame que mede a testosterona

Os exames que indicam a quantidade de testosterona no corpo são pouco específicos e nem sempre são confiáveis porque seus valores alteram-se constantemente, de acordo com o horário da coleta, a etnia, idade e hábitos de vida, como alimentação saudável e prática de atividade física ou sedentarismo. Por isso, nem sempre o médico solicita o exame para avaliar sua concentração na corrente sanguínea baseando-se somente nos sintomas que a pessoa apresenta.

Normalmente são solicitadas a dosagem da testosterona livre e da testosterona total. A testosterona livre representa a concentração de testosterona que está disponível no organismo, podendo ser absorvida para que exerça sua função no organismo, e equivale a 2 a 3% da testosterona total, que corresponde a quantidade total de testosterona produzida pelo organismo e que está ligada a proteínas.

Como aumentar a Testosterona

Os suplementos de testosterona devem ser usados sob indicação médica e podem ser encontrados em forma de comprimidos, gel, creme ou adesivo transdérmico. Alguns nomes comerciais são Durateston, Somatrodol, Provacyl e Androgel.

No entanto, antes de recorrer ao uso de suplementos, é importante buscar alternativas que estimulem a produção desse hormônio, como a prática de atividade física, aumento do consumo de alimentos ricos em zinco, vitamina A e D, boa noite de sono e adequação do peso para a altura. Caso essas estratégias não aumentem a produção de testosterona, o médico deve iniciar o tratamento adequado. 

No homem

Quando a testosterona está abaixo do recomendado e o homem apresenta sinais e sintomas da diminuição da produção de testosterona, o urologista poderá receitar o uso da testosterona em forma de injeção ou gel para ser usada conforme sua prescrição.

Os efeitos da testosterona nos homem pode ser observado em 1 mês de tratamento e com isso ele deve apresentar-se mais confiante, com maior desejo sexual, maior rigidez muscular e sentindo-se mais forte. Assim, a suplementação de testosterona pode ser indicada durante a andropausa para diminuir seus efeitos, melhorando a qualidade de vida do homem. 

O uso da testosterona deve ser recomendado pelo médico, já que pode levar a problemas de saúde como gordura no fígado, infertilidade, colesterol alto, pressão alta e aterosclerose. 

Na mulher

Quando a quantidade de testosterona que a mulher tem é muito baixa, o ginecologista pode observar estes sintomas e solicitar o exame para avaliar sua concentração no sangue.

A suplementação de testosterona é indicada somente em caso de síndrome da deficiência androgênica ou quando os ovários param de funcionar devido ao câncer de ovário, por exemplo. Quando a diminuição da testosterona em mulheres é causada por outro motivo é mais indicado tentar equilibrar os níveis hormonais aumentando o estrogênio.

Artigos
Exames para avaliar tireoide

Para identificar doenças que acometem a tireoide, o médico pode solicitar diversos exames para avaliar o tamanho da glândulas, a presença de tumores e funcionamento da tireoide. Assim, o médico pode recomendar a dosagem de hormônios que estão diretamente ligados com o funcionamento da tireoide, como TSH, T4 livre e T3, bem como exames de imagem para verificar a presença de nódulos, como o ultrassom da tireoide, por exemplo.

Entretanto, também podem ser solicitados exames mais específicos como cintilografia, biópsia ou dosagem de anticorpos, que podem ser recomendados pelo endocrinologista durante a investigação de determinadas doenças, como tireoidite ou tumores na tireoide, por exemplo. 

1. Dosagem de hormônios da tireoide

A dosagem de hormônios da tireoide através de exame de sangue permite que o médico avalie o funcionamento da glândula, sendo possível verificar se a pessoa possui alterações sugestivas de hipo ou hipertireoidismo, por exemplo.

Apesar dos valores de referência poderem variar conforme a idade da pessoa, presença de gravidez e laboratório, geralmente os valores normais incluem: 

Hormônio da TireoideValor de Referência
TSH0,3 e 4,0 mU/L
T3 Total80 a 180 ng/dl
T3 Livre2,5 a 4 pg/ml
T4 Total4,5 a 12,6 mg/dl
T4 Livre0,9 a 1,8 ng/dl

Após identificar a alteração do funcionamento da tireoide, o médico irá avaliar a necessidade de solicitar outros exames que ajudam a identificar a causa destas alterações, como ultrassom ou dosagem de anticorpos, por exemplo.

2. Dosagem de anticorpos

O exame de sangue também pode ser feito para dosar anticorpos contra a tireoide, que podem ser produzidos pelo organismo em algumas doenças auto-imunes, como tireoidite de Hashimoto ou doença de Graves, por exemplo. Os principais são:

  • Anticorpo anti-peroxidase (anti-TPO): presente na grande maioria dos casos de tireoidite de Hashimoto, doença que provoca a lesão das células e perda gradual da função da tireoide;
  • Anticorpo anti-tireoglobulina (anti-Tg): está presente em muitos casos de tireoidite de Hashimoto, entretanto, também é encontrado em pessoas sem qualquer alteração da tireoide, por isso, nem sempre a sua detecção indica que se desenvolverá a doença;
  • Anticorpo anti-receptor de TSH (anti-TRAB): pode estar presente nos casos de hipertireoidismo, principalmente causados pela doença de Graves.

Os auto-anticorpos da tireoide só devem ser solicitados pelo médicos nos casos em que os hormônios tireoidianos estejam alterados, ou na suspeita de doenças da tireoide, como forma de ajudar a esclarecer a causa. 

3. Ultrassonografia da tireoide

A ultrassonografia da tireoide é feita para avaliar o tamanho da glândula e a presença de alterações como cistos, tumores, bócio ou nódulos. Embora este exame não possa dizer se uma lesão é cancerosa, é muito útil para detectar suas características e para guiar a punção de nódulos ou cistos para auxiliar no diagnóstico. Ecografia à tireoideEcografia à tireoide

4. Cintilografia da tireoide

A cintilografia da tireoide é um exame que utiliza uma pequena quantidade de iodo radioativo e uma câmara especial para obter uma imagem da tireoide, e identificar qual o nível de atividade de um nódulo. 

Ela é indicada principalmente para investigar nódulos suspeitos de câncer ou sempre que suspeita-se de hipertireoidismo provocado por um nódulo secretor de hormônios, também chamado de nódulo quente ou hiperfuncionante.

5. Biópsia da tireoide

A biópsia ou punção são feitas para identificar se o nódulo ou cisto na tireoide é benigno ou maligno. Durante o exame, o médico introduz uma agulha fina em direção ao nódulo e retira uma pequena quantidade do tecido ou líquido que forma este nódulo, para que esta amostra seja avaliada em laboratório.

A biópsia da tireoide pode doer ou causar desconforto porque este exame não é feito com anestesia e o médico pode movimentar a agulha durante o exame para conseguir retirar amostras de várias partes do nódulo ou para aspirar uma maior quantidade de líquido. O exame é rápido e dura cerca de 10 minutos e a seguir a pessoa deve permanecer com um curativo no local por algumas horas. 

6. Autoexame da tireoide

O autoexame da tireoide pode ser feito para identificar a presença de cistos ou nódulos na glândula, sendo importante para ajudar a detectar qualquer alteração de forma precoce e prevenir complicações de doenças e deve ser feito, principalmente, por mulheres com mais de 35 anos ou com histórico familiar de problemas na tireoide.

Para realizá-lo, deve-se seguir os seguintes passos:

  • Segurar um espelho e identificar o local onde se localiza a tireoide, que fica logo abaixo do pomo-de-adão, conhecido como “gogó”;
  • Inclinar um pouco o pescoço para trás, para expor melhor a região;
  • Beber um gole de água;
  • Observar a movimentação da tireoide e identificar se há qualquer saliência, assimetria.

Caso seja notada qualquer alteração da tireoide, é importante procurar o atendimento do endocrinologista ou clínico geral para que seja feita a investigação com exames que podem confirmar ou não uma alteração na tireoide.

Quando é preciso fazer exames da tireoide

Os exames da tireoide são indicados para pessoas acima dos 35 anos ou antes caso haja sintomas ou histórico familiar de alterações na tireoide, mulheres grávidas ou que desejam engravidar e para pessoas que notaram alterações durante autoexame ou exame médico da tireoide.

Além disso, os exames também são indicados após tratamento com radiação para câncer de pescoço ou cabeça e durante o tratamento com remédios, como Lítio, Amiodarona ou Citocinas, por exemplo, que podem interferir no funcionamento da tireoide.